segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

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sábado, 29 de dezembro de 2007

De encontro, vida, e horas...





Olho para o relógio na parede, desejando poder voltar o tempo
Quantas voltas dos ponteiros?
Não sei...
Atrasei-me para o encontro comigo mesma.
Atrasei-me.Fato consumado.
Não há como resgatar o momento perdido.
Houvesse como, teria eu??
Duvido do talvez, apostando no pode ser.
As mãos trêmulas buscando apoio uma na outra, entrelaçando-se como num abraço .
Um abraço no vazio.
Relutante, deixo para trás o quarto, e o relógio na parede.
Quem sabe um outro dia.
Eu, o encontro.
Quem sabe amanhã a vida se repita...

Por mim


Apaixone-se por mim. Não um amor de mesa posta, talheres de prata, toalha de renda, não um amor de terça-feira, água morna, gaveta arrumada. Apaixone-se por mim no meio de uma tarde de chuva, rua alagada, rosas na mão, um amor faminto, urgente, latejante, um amor de carne, sangue e vazantes, um amor inadiável de perder o rumo o prumo e o norte, me ame um amor de morte. Não me dê um amor adestrado que senta, deita, rola e finge de morto, que late, lambe e dorme. Apaixone-se felino, sorrateiramente e assim que eu me distrair, me crave os dentes, as unhas, role comigo e perca-se em mim e seja tão grande a ponto de me deixar perder. Ame minhas curvas, minha vulva, minha carne, me fecunde e se espalhe por meus versos, meus reversos, meus entalhes. Faça eu me sentir amada, desejada, glorificada em corpo e espírito que eu nunca soube o que é ser de alguém, mas preciso que me ensines, que me fales, que me cales, amém.

Simplesmente


Um cansaço de mil dias veio deitar sua cabeça em meu seio e fazer teias em meus cabelos, veio calçar meus pés com botas de chumbo e me contar histórias que ele não sabe se findam ou se mudam. O cansaço cobre tudo com sua maré alta, mas não traz peixes nem conchas nem corais, traz algozes e vozes roucas, traz faltas, inquietudes e punhais.

Luz Escaldante





Duvido dos teus olhos tão meus, tão perto, como duvidaria do brilhante achado no meio das bugigangas. Desdenho das inquietudes e dos bateres de asa no peito, de um certo oco das pernas, da efervescência dos nervos, da fragilidade imiscuída na voz. Melhor que não se apodere de mim essa festa permanente, esse tilintar de cristais, essa promessa de estrela. Não quero em mim a instabilidade do vôo, o medo da corda bamba sem rede, a vertigem dos abismos latentes. Duvido dos teus olhos e eles estão tão perto, tão perto. Nego a mim as horas bordadas de expectativa, os planos mirabolantes de assédio, a alienação de tudo quanto lembre a ordinariedade daquilo que era, que foi, antes, antes dos teus olhos, como quem descrê de alturas improváveis porque em mim mora a dor da queda desamparada e o gosto do nada. Contudo, moram em mim também agora teu olhos.

O poema:


"E se em dia, por acaso
em alguma esquina dessa vida
a gente se conhecesse

Acho que, num rasgo
de ousadia e loucura
de impulso e de momento

Te diria: criatura
divina, infinita, impura
tens o meu consentimento

invade minha vida escura
invade, me enche de ternura
me faz teu...

deslumbramento!"

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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

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domingo, 16 de dezembro de 2007