sexta-feira, 19 de outubro de 2007

CONTRA A TIRANIA


Ah, quem pudesse, aqui, por ouvir, dizer
De sua justiça, e com isso reconhecer
O seu estatuto de cidadão, seria contudo
Pouco, ante o mal que grassa no mundo.

Liberto dos seus medos, e a verdade,
Assim, exposta, seria a da sua liberdade,
E não mais o homem teria de se ajoelhar
Ante a premissa do burguês ao acordar.

De braços e de sangue, a resistência
Se faria, contra toda e qualquer tirania
Formando a sua auto consciência.

Quando, meus senhores, não sei dizer,
Mas virá de lá de longe ainda o dia,
Em que o homem terá o seu renascer.

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