quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Palestina


Podem pisar-te como à erva ruim
E dizer que essa terra não é tua,
Podem matar os teus, sacrificar-te,
Pretendendo que o teu reino é o da lua,
Podem forças obscuras conjurar-se
Para roubar o que desde sempre te cabia,
Podem queimar-te e arrasar-te
Mas não negar a luz do dia.
Podem erguer um muro de mentira
Para deter os ventos do deserto
Mas eles amam-te e são teus
Sempre voltarão e hão-de ficar perto.
Teus filhos hão-de saber salvar-te,
Terra mártir, altiva e beduína,
E a meiga pomba da paz e da alegria
Pousará, de novo, em ti, Ó Palestina.

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