quinta-feira, 18 de outubro de 2007

DISSE O GELO



Que dizia?
Que disse? As palavras, isso sim,
palavras eram, mas que palavras?
Caíram em uma mesa. E havia uma luz.
Uma luz muito escura.
Agora as mãos eram rachadas
procurando os sons, furos
falsos dos bolsos, ninhos
anbandonados, musgos,
folhas secas: tudo era quieto ele agita
os recursos para esconder, por si caíram,
as palavras, à terra, com um som compreensível.
Pergunta:
as árvores de além do tempo ao tempo,
se recorda, a lento e aos desfeixos nus,
em que a luz, floco da fé, é travada dentro.
Porque assegura
que os viu e eram como rastros, nus
de fio,maçãs podres de um rosto a virar
a tudo o isso, jogar tudo o isso, assim tão frio,
no grito inocente da garganta. E congelou a doçura.
Onde haverá escondido ? Desde onde as viram?
presta-lhe atenção, as palavras, apreendidas,
as que ele não encontra, assim desajeitado?
Que morreu buscando-ás.
Talvez do outro lado…

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